Resgate e Revelações
Finalmente, o socorro chegou. O alívio de termos sido resgatados era imenso, mas o que realmente me confortava era saber que Euzi e Kássio não passariam mais tanto tempo juntos. Não me leve a mal, mas eu não podia admitir que minha melhor amiga ficasse dando em cima do meu namorado. Eu confiava nele, o problema é que a situação se tornava estranha e desconfortável. Ela perdeu totalmente o respeito por mim, como se nossa amizade não significasse nada para ela.
Mamãe ficou tão aliviada ao saber que estávamos bem, que decidiu nos apresentar seu novo namorado, Marcos e o convidou para vir aqui em casa.
— Filhas, esse é Marcos, meu namorado. — anunciou ela, com um sorriso radiante.
— O quê? A gente some por três dias e a senhora me aparece com um namorado? — perguntei, incrédula.
— Fala sério, mãe, a senhora tem um namorado? — disse Sami, em choque.
Foi um momento totalmente constrangedor! Isso é tão bizarro, minha mãe namorando! Me amarrota que eu tô passada!
Três meses depois, minha mãe preparou um jantar especial. De repente, Marcos levantou a taça e começou um brinde.
— Quero fazer um brinde a nós e dizer a vocês que sua mãe e eu vamos nos casar. — declarou ele, cheio de entusiasmo.
— Casar?! — exclamou Sami, surpresa.
— Assim do nada?! — perguntei, tentando entender.
— Mãe, que loucura é essa? — continuou Sami, perplexa.
— Não é nenhuma loucura, filha. — respondeu Sara, calma.
— Eu não aceito isso! — disse, sentindo uma onda de revolta.
— Nem eu! — concordou Sami.
— Vocês não têm o que aceitar. — disse Sara, firme.
— Como é? A senhora diz que vai casar com esse boçal e não temos que aceitar! — questionei, indignada.
— Olha o respeito! Não foi essa a educação que eu te dei. — repreendeu minha mãe.
— Se a senhora pensa que eu vou viver sob o mesmo teto que esse cara, está enganada. — declarei, decidida.
— Você é quem está enganada. Até onde se sabe, você é menor de idade e eu sou responsável por você. — afirmou Sara, com autoridade.
— Eu vou morar com o meu pai! — disse, tentando encontrar uma saída.
— Seu pai está em Paris. — respondeu minha mãe, como se isso fosse o fim da discussão.
— Pra quê melhor? — retruquei, com um tom desafiador.
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