segunda-feira, 12 de março de 2012

Tempos de Colegial Capítulo 17

Resgate e Revelações

Finalmente, o socorro chegou. O alívio de termos sido resgatados era imenso, mas o que realmente me confortava era saber que Euzi e Kássio não passariam mais tanto tempo juntos. Não me leve a mal, mas eu não podia admitir que minha melhor amiga ficasse dando em cima do meu namorado. Eu confiava nele, o problema é que a situação se tornava estranha e desconfortável. Ela perdeu totalmente o respeito por mim, como se nossa amizade não significasse nada para ela.

Mamãe ficou tão aliviada ao saber que estávamos bem, que decidiu nos apresentar seu novo namorado, Marcos e o convidou para vir aqui em casa.

— Filhas, esse é Marcos, meu namorado. — anunciou ela, com um sorriso radiante.

— O quê? A gente some por três dias e a senhora me aparece com um namorado? — perguntei, incrédula.

— Fala sério, mãe, a senhora tem um namorado? — disse Sami, em choque.

Foi um momento totalmente constrangedor! Isso é tão bizarro, minha mãe namorando! Me amarrota que eu tô passada!

Três meses depois, minha mãe preparou um jantar especial. De repente, Marcos levantou a taça e começou um brinde.

— Quero fazer um brinde a nós e dizer a vocês que sua mãe e eu vamos nos casar. — declarou ele, cheio de entusiasmo.

— Casar?! — exclamou Sami, surpresa.

— Assim do nada?! — perguntei, tentando entender.

— Mãe, que loucura é essa? — continuou Sami, perplexa.

— Não é nenhuma loucura, filha. — respondeu Sara, calma.

— Eu não aceito isso! — disse, sentindo uma onda de revolta.

— Nem eu! — concordou Sami.

— Vocês não têm o que aceitar. — disse Sara, firme.

— Como é? A senhora diz que vai casar com esse boçal e não temos que aceitar! — questionei, indignada.

— Olha o respeito! Não foi essa a educação que eu te dei. — repreendeu minha mãe.

— Se a senhora pensa que eu vou viver sob o mesmo teto que esse cara, está enganada. — declarei, decidida.

— Você é quem está enganada. Até onde se sabe, você é menor de idade e eu sou responsável por você. — afirmou Sara, com autoridade.

— Eu vou morar com o meu pai! — disse, tentando encontrar uma saída.

— Seu pai está em Paris. — respondeu minha mãe, como se isso fosse o fim da discussão.

— Pra quê melhor? — retruquei, com um tom desafiador.

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