sexta-feira, 8 de junho de 2012

Tempos de Colegial Capítulo 43

Diversão à Vista


Sami olhou para mim como se eu tivesse acabado de anunciar uma viagem para a lua.

— Estais maluca, minha irmã? Como vamos a uma festa sem saber onde será?

Dei um sorriso enigmático, cruzando os braços.

— Calma, gente! Eu tenho tudo sob controle.

Andreia arqueou uma sobrancelha, visivelmente desconfiada.

— Eu tenho até medo desse seu "controle".

Márcia, sempre prática, levantou a mão, sugerindo timidamente:

— Que tal na minha casa?

Pensei por um instante, avaliando a proposta, antes de responder com um sorriso acolhedor.

— Tudo bem. Eu pensei em um lugar maior, mas se todas concordam, por mim está ótimo.

Danile inclinou-se para frente, curiosa como sempre.

— Podemos votar. Que lugar é esse, Emi?

Dei um passo dramático, como se fosse revelar um grande segredo.

— O salão de festas do condomínio.

Sami arregalou os olhos, quase engasgando.

— Está louca, Emi? A gente não tem dinheiro para isso!

Sorri, já esperando sua reação.

— Simples: a gente cobra entrada e, depois, paga o aluguel.

Márcia bateu palmas devagar, sorrindo.

— É uma boa ideia.

Danile concordou, animada.

— Também acho.

Sami olhou ao redor, buscando confirmação.

— Então todas concordam?

Márcia acenou com a cabeça.

— Eu concordo.

Danile sorriu.

— Eu também.

Andreia suspirou, rendendo-se.

— Eu digo o mesmo.

Levantei as mãos, triunfante.

— Então está decidido: a festa será no salão do condomínio!

Andreia, no entanto, ainda parecia preocupada.

— Agora só faltam as bebidas, a comida, a música... tudo!

Revirei os olhos, soltando uma risada divertida.

— Calma, Deia, você está muito histérica!

Ela me olhou, surpresa.

— Deia? Que outro apelido vocês vão inventar para mim? Primeiro Andy, agora Deia!

Encolhi os ombros, rindo.

— Desculpa! É que eu gosto de colocar apelidos legais nas minhas amigas.

Ela relaxou, sorrindo levemente.

— Me desculpa você. É que eu ando muito estressada ultimamente.

Coloquei a mão no ombro dela, com empatia.

— Tudo bem, amiga. Eu te entendo.

Sami suspirou ao nosso lado, assentindo.

— Eu também sei como é. A escola está acabando com a gente.

Danile revirou os olhos dramaticamente.

— Esses professores são loucos. Mal terminamos um trabalho e já aparece outro pra apresentar.

Suspirei, sentindo o cansaço de todas nós.

— É por isso que eu quero dar essa festa. Precisamos de um respiro.

Sami sorriu pela primeira vez, animada com a ideia.

— É isso mesmo! A gente só tem trabalho, trabalho e mais trabalho. Está na hora de ter um pouco de diversão.

O ar na sala mudou. Agora, estávamos conectadas pela mesma ideia: a festa seria o nosso momento de libertação.

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