Planos em ação
— Então, vamos começar pelos ingressos. Sami, cuida do design. Dani, você com marketing. Andy, você pinta, e eu vou falar com o seu Valdir — disse, assumindo meu tom de líder de missão.
Danile franziu o cenho, claramente curiosa.
— Quem é o seu Valdir?
Sorri com confiança, cruzando os braços.
— O dono do salão. Tenho certeza que ele vai aceitar.
Andreia arqueou uma sobrancelha, desconfiada como sempre.
— Como você sabe?
Dei um sorriso enigmático, colocando a mão no peito.
— Meu sexto sentido está me dizendo.
Sami soltou uma risada curta.
— Ela vai conseguir, não por causa do sexto sentido, mas por causa do poder de persuasão que ela tem. Não é, Emi?
Danile assentiu com determinação, quebrando o momento.
— Então, vamos começar a preparar tudo.
Dei um aceno rápido e saí, com a cabeça erguida.
— Já volto, gente.
Tic tac... Tic tac... Tic tac... Não, brincadeira! Fui direto ao ponto: fui falar com seu Valdir. Ele aceitou! Mas, claro, tinha uma condição. Queria que eu ajudasse a filha dele a se enturmar na escola. Nossa, como é difícil ser boazinha! Depois de negociar com ele, voltei para contar às meninas o acordo.
— Meninas, é o seguinte. O seu Valdir vai deixar a gente usar o salão do condomínio, mas só se a gente ajudar a filha dele na escola.
Danile piscou, surpresa.
— Quem é a filha dele?
Olhei para ela, já imaginando sua reação.
— A Dulce.
Andreia arregalou os olhos.
— A Dulce? Aquela esquisitona que vive de cabeça baixa e não fala com ninguém?
Antes que eu pudesse responder, Márcia cruzou os braços e lançou um olhar de repreensão.
— Com ninguém vírgula. Ela fala comigo.
Sorri largamente, vendo uma luz no fim do túnel.
— Isso é bom!
Márcia inclinou a cabeça, confusa.
— Bom? Por quê?
— Porque você a convida para ir à festa com a gente, a gente tenta ser amiga dela, e o seu Valdir fica feliz. Simples.
Danile balançou a cabeça, meio incrédula.
— Emi, você não tem jeito.
Dei de ombros, piscando para ela.
— Eu sei. Eu sou demais!
Sami bufou, mas não conseguiu conter um sorriso.
— Também não precisa ficar se achando, minha irmã.
Márcia bateu palmas de leve, tentando mudar o assunto.
— Já está quase tudo pronto. Só falta escolher a música.
Revirei os olhos, sorrindo.
— Que música, que nada! A gente tem um ótimo DJ na classe.
Sami se animou, erguendo as sobrancelhas.
— É mesmo. O Miguel é muito bom.
Dei um sorriso travesso, cruzando os braços.
— Ele é bom ou você gosta dele?
Ela tentou disfarçar, mas o tom de suas palavras a entregou.
— As duas coisas!
A sala explodiu em risadas, e, por um momento, o nervosismo da organização deu lugar à leveza e à amizade. A festa estava tomando forma, e nós sabíamos que ela seria inesquecível.
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