terça-feira, 12 de junho de 2012

Tempos de Colegial Capítulo 44

Planos em ação


— Então, vamos começar pelos ingressos. Sami, cuida do design. Dani, você com marketing. Andy, você pinta, e eu vou falar com o seu Valdir — disse, assumindo meu tom de líder de missão.

Danile franziu o cenho, claramente curiosa.

— Quem é o seu Valdir?

Sorri com confiança, cruzando os braços.

— O dono do salão. Tenho certeza que ele vai aceitar.

Andreia arqueou uma sobrancelha, desconfiada como sempre.

— Como você sabe?

Dei um sorriso enigmático, colocando a mão no peito.

— Meu sexto sentido está me dizendo.

Sami soltou uma risada curta.

— Ela vai conseguir, não por causa do sexto sentido, mas por causa do poder de persuasão que ela tem. Não é, Emi?

Danile assentiu com determinação, quebrando o momento.

— Então, vamos começar a preparar tudo.

Dei um aceno rápido e saí, com a cabeça erguida.

— Já volto, gente.


Tic tac... Tic tac... Tic tac... Não, brincadeira! Fui direto ao ponto: fui falar com seu Valdir. Ele aceitou! Mas, claro, tinha uma condição. Queria que eu ajudasse a filha dele a se enturmar na escola. Nossa, como é difícil ser boazinha! Depois de negociar com ele, voltei para contar às meninas o acordo.

— Meninas, é o seguinte. O seu Valdir vai deixar a gente usar o salão do condomínio, mas só se a gente ajudar a filha dele na escola.

Danile piscou, surpresa.

— Quem é a filha dele?

Olhei para ela, já imaginando sua reação.

— A Dulce.

Andreia arregalou os olhos.

— A Dulce? Aquela esquisitona que vive de cabeça baixa e não fala com ninguém?

Antes que eu pudesse responder, Márcia cruzou os braços e lançou um olhar de repreensão.

— Com ninguém vírgula. Ela fala comigo.

Sorri largamente, vendo uma luz no fim do túnel.

— Isso é bom!

Márcia inclinou a cabeça, confusa.

— Bom? Por quê?

— Porque você a convida para ir à festa com a gente, a gente tenta ser amiga dela, e o seu Valdir fica feliz. Simples.

Danile balançou a cabeça, meio incrédula.

— Emi, você não tem jeito.

Dei de ombros, piscando para ela.

— Eu sei. Eu sou demais!

Sami bufou, mas não conseguiu conter um sorriso.

— Também não precisa ficar se achando, minha irmã.

Márcia bateu palmas de leve, tentando mudar o assunto.

— Já está quase tudo pronto. Só falta escolher a música.

Revirei os olhos, sorrindo.

— Que música, que nada! A gente tem um ótimo DJ na classe.

Sami se animou, erguendo as sobrancelhas.

— É mesmo. O Miguel é muito bom.

Dei um sorriso travesso, cruzando os braços.

— Ele é bom ou você gosta dele?

Ela tentou disfarçar, mas o tom de suas palavras a entregou.

— As duas coisas!

A sala explodiu em risadas, e, por um momento, o nervosismo da organização deu lugar à leveza e à amizade. A festa estava tomando forma, e nós sabíamos que ela seria inesquecível.

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