sábado, 12 de janeiro de 2013

Tempos de Colegial Capítulo 65

Entre emoções e reconciliações: O Desafio do Perdão


A visita inesperada da Euzi foi como um furacão de emoções invadindo meu coração. Quando ela veio me pedir perdão, eu mal pude acreditar. Nunca imaginei que ela tivesse coragem de fazer isso. Suas palavras pareciam sinceras, mas meu coração estava dividido: uma parte de mim queria reencontrar a amiga que tanto significava para mim, enquanto a outra temia ser ferida novamente. A dor de uma traição não se apaga facilmente.

— Meninas, me ajudem. Eu não sei o que pensar. — Minha voz vacilou, pedindo apoio.  
— Acho que você devia perdoá-la. — Márcia disse com um olhar compreensivo.  
— Não sei… Mas, se o fizer, que seja de coração. — ponderou Danile, sempre mais cautelosa.  
— Tenho medo que ela me traia de novo. Não sei se eu aguentaria outra traição. — confessei, sentindo meu peito apertar.  
— Aguenta sim. Você é forte. Mais forte do que todas nós juntas. — Danile tentou me encorajar com um sorriso.  
— Vou perguntar pra Andy. — suspirei, ainda incerta.  
— Acho que a resposta que você procura tem que vir de dentro de você. — Márcia completou, cheia de sensatez.  

Fechei os olhos por um momento, sentindo o peso da situação. — Se eu perdoá-la, a nossa amizade nunca mais será como antes.  
— Claro que não! — Márcia respondeu com firmeza, mas em tom doce. — Você terá dúvidas, mas elas passarão com o tempo. É difícil voltar a confiar em alguém que perdeu sua confiança. Vai aos poucos, tenta dar uma segunda chance pra ela.  
— A Márcia tem razão. — Danile assentiu, enquanto olhava para longe. — Olha a Andy!  
— Onde? — perguntei, imediatamente em alerta.  
— Está vindo ali!  

Assim que a Andy apareceu, senti um alívio tomar conta de mim. Sua presença sempre tinha o poder de trazer alegria para qualquer momento. — Andy, minha amiga, eu tava morrendo de saudade!!  
— Eu também, amiga! — Andy respondeu, com um abraço caloroso.  
— Quase que você não volta, hein! — Danile brincou, provocando risadas.  
— É que demorou um tempo pra perceber que as férias acabaram. — Andy disse, com seu tom divertido de sempre.  
— Amiga, que bom te ver! Eu tava morrendo de saudade. Nunca mais faça isso com a gente!! — Márcia declarou, emotiva.  
— Ok, eu sei que vocês me amam!! Não sintam mais a minha falta, já voltei!!  
— Também não precisa ficar convencida! A gente te ama, mas nem tanto. — brinquei, tentando aliviar a tensão.  
— Agora magoou!! — Andy disse, fingindo estar ofendida.  
— É brincadeira, você sabe que não vivemos sem você.  

A conversa fluiu com leveza até que Andy, com seu olhar curioso, perguntou: — Me contem as novidades.  
— A Dani vai casar!! — eu anunciei, cheia de entusiasmo.  
— Casar?! Dani, você está louca? Você não pode fazer uma loucura dessas! — Andy exclamou, chocada.  
— Poxa Andy, obrigada pelo apoio! — Danile respondeu, claramente contrariada.  
— Não fica assim Dani, você sabe muito bem o que a Andy pensa sobre casamento. — disse para apaziguar.  
— Isso mesmo. Não liga pra ela. É bom que você não precisa convidá-la para ser madrinha. — Márcia brincou, arrancando risadas de todos.  
— Não se atreva! — Andy reagiu, indignada. — Se você não me convidar para ser madrinha, eu nunca mais falo com você. Uma coisa é o fato de eu ser contra casamentos, outra bem diferente é você não me convidar.  
— Eu estou brincando, sua boba! Eu sei que você é contra o seu próprio casamento. — Márcia respondeu, divertindo-se.  
— Vamos procurar um belo vestido pra mim. — Andy decretou, mudando o assunto.  
— Agora? — Danile perguntou, surpresa.  
— Claro! Quero ser a madrinha mais bonita do mundo.  
— Mas ainda está longe do casamento! — Danile argumentou, confusa.  
— Se o vestido não prestar, até lá eu tenho tempo pra escolher outro. — Andy disse, determinada.  
— Não é mais fácil mandar consertar? — perguntou Márcia, rindo.  
— Não porque já vai estar velho! O casamento de uma das minhas melhores amigas merece um vestido novo.  

Mas antes que a conversa tomasse outro rumo, perguntei a Andy, com o coração na mão: — Andy, se a Euzi te pedisse perdão, você a perdoaria?  
— Depende. Se você a perdoasse, sim. Senão, não, apesar de ela nunca ter me feito nada de mau. Por quê?  
— Ela me pediu perdão. — confessei.  
— Então perdoa. Qualquer coisa, a gente fica de olho nela. — respondeu Andy, deixando claro que, não importa a decisão, eu nunca estaria sozinha.

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