Desencontros e Desentendimentos
— Mãe, o que a senhora está fazendo aqui? — perguntei, surpresa e incomodada.
— Tomando sorvete! Você não cumprimentou o Marcos. — disse ela, com um sorriso no rosto.
— Oi, Marcos! — murmurei, tentando ser educada.
— Olá, Emília, tudo bem com você? — respondeu Marcos, com aquele ar presunçoso.
— Até pouco tempo estava! — retorqui, sem esconder minha irritação.
— Emília! — chamou minha mãe, em tom de reprovação.
— Emi, vamos logo! — insistiu Kássio, percebendo meu desconforto.
— E você quem é, rapazinho? — perguntou minha mãe, curiosa.
— Não é ninguém, mãe! — respondi, sem pensar, tentando encerrar a conversa.
Gente do céu, essa resposta foi o princípio do fim! Kássio não gostou de eu tê-lo chamado de "ninguém".
— Como ninguém?! É isso que eu sou pra você? — perguntou Kássio, magoado.
— Kássio, por favor, aqui não! — supliquei, sentindo o pânico se instalar.
— Emília, me explica agora o que está acontecendo! — exigiu minha mãe, perplexa.
— Não se mete, mãe! — respondi, desesperada.
— Emília Silva, vamos agora para casa! Marcos, meu amor, depois a gente se fala. Beijo! — ordenou minha mãe, com firmeza.
— Não vou! Eu preciso falar com o Kássio. — insisti, tentando conter as lágrimas.
— Você vai sim! — disse ela, sem dar espaço para argumentação.
— É melhor você ir, eu não sou ninguém pra você então, não vou te causar problemas. — disse Kássio, com os olhos cheios de dor.
Tive que sair sem falar com meu Kássio. O que ele devia estar pensando de mim?
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