segunda-feira, 23 de abril de 2012

Tempos de Colegial Capítulo 32

 A Noite que Mudou Tudo


Minha mãe estava furiosa, e o silêncio na casa era quase tão pesado quanto sua raiva. Mas algo inesperado aconteceu. Kássio tomou uma decisão que mudou tudo.  

— Sami, me diga agora onde está sua irmã! — ordenou mamãe, com os olhos faiscando de preocupação e autoridade.  

Sami hesitou, visivelmente desconfortável.  

— Eu... eu não sei, mamãe!  

Antes que ela pudesse pressioná-lo mais, a porta se abriu. Kássio entrou, o rosto sério, mas decidido. Ele parou diante dela, firme, mas com uma sombra de apreensão nos olhos.  

— Senhora, eu sei onde a Emi está — disse ele, a voz calma, mas carregada de emoção. — Mas a senhora tem que prometer que não vai brigar com ela.  

Mamãe cruzou os braços, a testa franzida de indignação.  

— Eu não tenho que prometer nada! Me diga onde está minha filha!  

Kássio suspirou profundamente, como se lutasse contra a decisão que sabia ser inevitável.  

— Ela está na casa da Danile — revelou, as palavras parecendo pesar em seus lábios.  

Sem hesitar, mamãe pegou as chaves.  

— Eu vou buscá-la agora mesmo!  

Enquanto ela saía apressada, Sami virou-se para Kássio, a raiva pulsando em sua voz.  

— Por que você fez isso?  

Kássio fechou os olhos por um momento, tentando encontrar paciência.  

— Porque não está certo a Emi se prejudicar por minha causa — respondeu ele, com uma honestidade desarmante.  

— A mamãe vai brigar com ela! — Sami retrucou, a voz já elevando-se em frustração.  

— Isso vai passar — disse Kássio, tentando tranquilizá-lo. — É melhor que ela volte para casa.  

Sami balançou a cabeça, exasperado.  

— De onde você saiu, hein?  

Kássio deu um passo à frente, encarando-o com uma firmeza inesperada.  

— Para com isso, Sami! Eu vou encontrar a Emi antes da sua mãe.  

Sem esperar mais um segundo, Kássio saiu correndo. O que aconteceu em seguida, porém, foi algo que ninguém poderia prever.  

Ele me encontrou antes da mamãe, a respiração ofegante e o semblante cansado, mas determinado. Pegou minha mão, sem dizer mais nada, e começamos a caminhar de volta para casa. Mas, no meio do caminho, a noite tranquila foi interrompida pelo inesperado.  

Um grupo de homens surgiu das sombras. Fomos cercados. O ar se encheu de tensão.  

— Entreguem tudo — ordenou um deles, a voz cortante como uma lâmina.  

Kássio tentou proteger-me, colocando-se entre mim e os assaltantes. Mas ele tentou reagir. Um movimento, um instante... e o som ensurdecedor de um disparo ecoou pela noite.  

Kássio caiu.  

Meu grito cortou o silêncio, e meu coração parecia parar.  

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